v. 45 n. 131 out-dez (2021): Saúde em Debate
“Nesses dois últimos anos, a pandemia da Covid-19 no Brasil tem-se traduzido como evento catastrófico, que, para além de expor a ênfase das políticas públicas do governo federal contra os direitos de cidadania conferidos pela Constituição Federal de 1988, evidencia, cada vez mais, determinação política de destruição do papel civilizatório do Estado na garantia de direitos individuais e coletivos. Essa é uma atitude política criminosa, que desconsidera a vulnerabilidade e a enorme desigualdade na população brasileira, que só fazem aumentar nessa crise sanitária. Ao contrário do que deveria se dar, moral e constitucionalmente, mister fosse implantar políticas voltadas para controle, superação e de redução dos impactos econômicos, sociais, culturais, educacionais e de ciência e tecnologia acirrados pela pandemia. [...] As atividades do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) na luta pela democratização da sociedade e a defesa dos direitos sociais, em particular o direito universal à saúde, foram intensificadas por articulação parceiras de pessoas e instituições, movimentos sociais, comprometidos com a reforma sanitária brasileira na expectativa de fortalecimento e mobilização contra essa atual conjuntura de sucateamento e desmonte do Sistema Único de Saúde (SUS) e dos direitos conquistados por meio da Constituição Cidadã!” – Trechos do editorial ‘O Cebes na luta durante a pandemia da Covid-19’ do último número da Saúde em Debate de 2021, de Lucia Souto e Carlos Silva.
A revista apresenta: Regionalização e crise federativa na pandemia da Covid-19; atenção a mulheres em situação de violência; urgências de baixo risco: integração entre atenção primária e Unidade de Pronto Atendimento; trabalho em equipes multiprofissionais na atenção primária no Ceará; Organização da Atenção Primária à Saúde em um município rural do Brasil; estratégias de cuidado para a saúde da população negra do campo em Caruaru/Pernambuco; conflito público-privado no SUS: a atenção ambulatorial especializada no Paraná; atenção farmacêutica: revolução ou penumbra paradigmática?; pagamento por desempenho às Equipes da Atenção Básica: análise a partir dos ciclos do PMAQ-AB; equipes de Atenção Primária à Saúde no teste rápido para Infecções Sexualmente Transmissíveis; assistência e adesão aos antirretrovirais em serviços especializados em HIV em Pernambuco/Brasil, 2017-2018; representações sociais de pessoas vivendo com HIV: autopercepção da identidade ego-ecológica; internação por Covid-19 nas regiões de saúde do Brasil; colapso na saúde em Manaus: o fardo de não aderir às medidas não farmacológicas de redução da transmissão da Covid-19; cumprimento das metas dos contratos de gestão e qualidade da atenção à saúde; Programa Mais Médicos, uma tentativa de solucionar o problema da distribuição médica no território brasileiro; tecnossocialidade no cotidiano de profissionais da atenção primária e promoção da saúde; participação popular e controle social na gestão do SUS.
Acesse a Saúde em Debate também no site do Cebes - http://cebes.org.br/publicacao-tipo/revista-saude-em-debate/ e no SciELO - https://www.scielo.br/j/sdeb/