https://saudeemdebate.org.br/sed/issue/feed Saúde em Debate 2023-08-17T21:14:25-03:00 Mariana Chastinet revista@saudeemdebate.org.br Open Journal Systems <p><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">A revista 'Saúde em Debate', criada em 1976, é uma publicação do Centro Brasileiro de Estudos em Saúde (Cebes) que tem como objetivo divulgar estudos, pesquisas e reflexões que contribuam para o debate no campo da saúde coletiva, em especial os que tratem de temas relacionados com a política, o planejamento, a gestão, o trabalho e a avaliação em saúde. Valorizamos os estudos feitos a partir de diferentes abordagens teórico-metodológicas e com a contribuição de distintos ramos das ciências.</span></span></span></p> https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/7286 Estudo comparativo entre empresa farmacêutica global e instituição pública de produção e inovação em saúde 2023-03-10T21:03:30-03:00 Kelly Cristina Rodrigues da Rocha kellyrrocha21@gmail.com Carlos Augusto Grabois Gadelha carlos.gadelha@fiocruz.br <p>O cenário tecnológico no campo da saúde é um fato alarmante, mormente no contexto provocado pela Covid-19. Nessa conjuntura, a Fundação Oswaldo Cruz, por meio da Unidade de Bio-Manguinhos, e o Butantan foram protagonistas para o acesso universal, dialogando com estratégicas internacionais. No adensamento da discussão estratégica para Instituições Públicas de Produção e Inovação em Saúde (Ippis), o uso de diretrizes da Avaliação de Tecnologias em Saúde destaca-se como via de mudança paradigmática para a introdução de tecnologias no Sistema Único de Saúde (SUS) alinhada à visão de inovação de futuro em saúde consonante às demandas nacionais. Este artigo, desenvolvido metodologicamente mediante pesquisas descritiva qualitativa, bibliográfica, documental e trabalho de campo, buscou traçar simetrias e assimetrias baseado nas experiências coletadas em empresa farmacêutica global e instituição de referência nacional pública do campo de incorporação tecnológica em saúde. Como resultados, são explicitados pontos-chave para o fortalecimento técnico e político do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, por meio da revisão organizacional das Ippis quanto a aspectos de inovação e de gestão, culminado na promoção de melhorias na Política de ciência, tecnologia e inovação em resposta ao desafio da sustentabilidade, efetividade e acesso no SUS. </p> 2023-08-18T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Saúde em Debate https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/8317 Sérgio Arouca na Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp 2023-04-05T17:14:42-03:00 Rubens Bedrikow bedrikow@fcm.unicamp.br Ivan Luiz Martins Franco do Amaral ivanfa@unicamp.br Vanina Castro Dória de Almeida vaninac@unicamp.br <p>Este trabalho resgatou a passagem do médico sanitarista e professor universitário Antônio Sérgio da Silva Arouca pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), entre 1967 e 1975, mediante estudo de três documentos importantes conservados nessa instituição, a saber, seu Processo de Vida Funcional, a Revista Comemorativa dos 25 anos do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Ciências Médicas, onde consta depoimento seu, e o Relatório Final da Comissão da Verdade e Memória “Octávio Ianni”. No Departamento de Medicina Preventiva e Social da Unicamp, encontrou ambiente propício para atuar conforme suas convicções. Integrou-se à disciplina de Ciências Sociais Aplicadas à Medicina, cujo conteúdo teórico dialogava com ações extramuros desenvolvidas pelos alunos em bairro pobre da cidade, com o intuito de lhes propiciar a oportunidade de reconhecer a importância e a influência dos fatores sociais sobre o estado de saúde dos indivíduos e das populações. Tal experiência, muito provavelmente, influenciou sobremaneira o jovem docente que, anos depois, produziria uma tese de extrema relevância para formulação e consolidação da saúde coletiva brasileira e presidiria a VIII Conferência Nacional de Saúde, que estabeleceu as bases do Sistema Único de Saúde.</p> 2023-08-19T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Saúde em Debate https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/8315 Deliberación pública en el marco de la respuesta a la pandemia por COVID-19: un análisis de la respuesta temprana en Colombia 2023-05-03T12:16:33-03:00 Karol Cotes Cantillo kcotes@ins.gov.co Juan Carlos Eslava Castañeda jceslavac@unal.edu.co Carlos Castañeda Orjuela ccastanedao@ins.gov.co <p>La deliberación es deseable en el campo de la salud pública, incluso en escenarios de emergencia sanitaria, donde se deben tomar decisiones de manera rápida y con un alto grado de incertidumbre. Se realizó un análisis del proceso de toma de decisiones en los primeros meses de la llegada de la pandemia de COVID-19 a Colombia y en los meses alrededor del inicio de la vacunación, a la luz del concepto de deliberación pública y con énfasis en las decisiones del Gobierno Nacional relacionadas con el sector salud. Los espacios deliberativos para la toma de decisiones relacionadas con el sector salud durante la pandemia en Colombia se limitaron a escenarios formales donde se privilegió la participación de expertos biomédicos y técnicos de entidades gubernamentales del nivel central. Es necesario incluir en los futuros planes de preparación para este tipo de emergencia escenarios con capacidad de deliberación pública.</p> 2023-08-18T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Saúde em Debate https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/8265 Mudanças na Política de Atenção Básica à Saúde: consensos e contestações em espaços deliberativos do SUS 2023-03-24T16:46:36-03:00 Verônica Maria da Silva Mitros veronicamitros@gmail.com Rômulo do Nascimento Rocha roomulo_roch@hotmail.com Nicolas Gustavo Souza Costa nicolasgustavo@alu.ufc.br Maria Rocineide Ferreira da Silva rocineide.ferreira@uece.br Maria Vaudelice Mota vaudemota@gmail.com Carmem Emmanuely Leitão Araújo carmemleitao@ufc.br <p>A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), quando estabelecida em 2006, corroborou o direcionamento do modelo assistencial em conformidade com a universalização do sistema de saúde brasileiro. Contudo, alterações recentes na sua organização e financiamento demonstram inflexões. O objetivo do artigo foi analisar processos decisórios relacionados com a PNAB, em distintos espaços de deliberação do Sistema Único de Saúde (SUS), que incidiram em mudanças nessa política, no período de 2016 a 2020. Trata-se de um estudo de caso exploratório e retrospectivo, que adotou o process tracing. Foram analisadas as atas das reuniões do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) de 2016 a 2020. As gravações de Reuniões Ordinárias da CIT, entre 2019 e 2020, também foram fontes de informações. Alterações na política deram- se sob a baixa interlocução e desaprovação da instância nacional de participação e controle social do SUS. O CNS atuou como um espaço de denúncia e resistência às mudanças, porém, com baixa capacidade de influenciar as decisões políticas. Por sua vez, o espaço intergovernamental do SUS revelou cooperação entre representantes de gestores subnacionais, com poucas tensões, no que diz respeito à agenda de mudança proposta pela União. </p> 2023-08-18T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Saúde em Debate https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/8213 Pré-natal em região de fronteira na vigência da pandemia da Covid-19 2023-04-03T10:27:57-03:00 Maria Aparecida Baggio mariabaggio@yahoo.com.br Taís Regina Schapko tais-regina.s@hotmail.com Ana Paula Contiero Toninato ana_contiero@hotmail.com Ana Paula Xavier Ravelli anapxr@hotmail.com Rosane Meire Munhak da Silva zanem2010@hotmail.com Adriana Zilly aazilly@hotmail.com <p>O estudo objetivou compreender a atenção pré-natal em uma região de fronteira na vigência da pandemia da Covid-19. Trata-se de um estudo qualitativo, realizado em serviços da atenção primária à saúde, com 27 participantes, entre mulheres e profissionais de saúde, por meio de entrevistas semiestruturadas, remotas e presenciais, entre agosto de 2021 e janeiro de 2022, cujos dados foram averiguados por análise temática. Foram identificadas quatro categorias temáticas, quais sejam: Início do pré-natal adiado; Parcialidade nas ações em saúde no pré-natal; (Des)informação em saúde em período de pandemia; e Medidas de prevenção à Covid-19 na gestação. A pandemia da Covid-19 gerou retrocessos no pré- natal, como a restrição do acompanhante nas consultas e exames e suspensão de grupos de gestantes, com prejuízos na educação em saúde, adiamento do início do pré-natal e/ou comprometimento da sua realização, particularmente de brasileiras residentes no Paraguai. Teleatendimento, como estratégia para acompanhamento do pré-natal, apareceu timidamente. Os serviços de saúde se reorganizaram para manter as medidas para evitar a infecção e, assim, tentar garantir o seguimento pré-natal de forma presencial.</p> 2023-08-18T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Saúde em Debate https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/8185 Estudo observacional dos casos de violência contra mulher notificados em um hospital fluminense em 2020 2023-04-03T10:31:35-03:00 Élida Campos elidacamp@gmail.com Carlos Alexandre Rodrigues Pereira carlos.rpereira@hotmail.com <p>Este estudo analisou o perfil das mulheres em situação de violência atendidas no serviço de acolhimento de um hospital na região metropolitana I do Rio de Janeiro, bem como a presença de alguns determinantes sociais que podem se relacionar à ocorrência da violência e atuar sobre as condições de acesso a estes serviços. Foram analisados os dados das notificações de violência, considerando a violência sexual e outras violências, em 2020. Casos de HIV e sífilis compuseram os grupos de comparação. Realizou-se o mapeamento e o levantamento dos perfis de mulheres. O total de residentes fora da área metropolitana I foi maior entre casos de violência sexual do que entre outras violências, HIV e sífilis. Dentre as mulheres brancas, estas foram mais frequentes entre casos de violência sexual e as negras entre as atendidas por outras violências. A maioria das mulheres em todos os grupos analisados eram negras, enquanto a maioria das que acessaram o aborto legal eram brancas. O estudo sugere que fatores sociais e econômicos afetam o acesso ao serviço de atendimento às mulheres em situação de violência, sendo necessária uma reorganização deste para garantir o pleno acesso das mulheres.</p> 2023-08-18T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Saúde em Debate https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/8111 Estudo de avaliabilidade da segurança do paciente na Atenção Primária à Saúde 2023-04-05T16:57:22-03:00 Taise Rocha Macedo taiserm16@gmail.com Maria Cristina Marino Calvo cristina.clv@gmail.com Luciane Possoli lupossolidb@gmail.com Sonia Natal sonianatal2010@gmail.com <p>A segurança do paciente na Atenção Primária à Saúde (APS) preocupa-se em reduzir erros e eventos adversos relacionados a assistência à saúde, porém há poucos estudos elaborados com aplicação de modelos avaliativos sobre a temática neste contexto. Este trabalho objetivou desenvolver e propor um modelo avaliativo da segurança do paciente na APS. Realizou-se um estudo de avaliabilidade por meio da análise documental, revisão de literatura, proposição dos modelos e validação dos modelos por meio da conferência de consenso. Idealmente, a teoria do programa, apresentada no Modelo Teórico, evidencia que os recursos, a cultura de segurança, os processos assistenciais e a educação permanente são componentes que viabilizam a implantação do programa, que precisam ser discutidos e aprimorados com envolvimento da gestão, dos profissionais e dos próprios pacientes/familiares e cuidadores, sendo, portanto, explorados no Modelo Lógico e assumidos como fundamentais para a oferta de cuidados mais seguros na APS quando interagem articuladamente. Na Matriz de Análise e Julgamento, esses quatro componentes assumem o mesmo peso no cálculo que determinará o grau de implantação da segurança do paciente na APS. A modelização apresentada pode ser utilizada por diversos atores, de diferentes contextos, para explorar e aprimorar a segurança do paciente na APS.</p> 2023-08-18T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Saúde em Debate https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/8104 Estratégias de inovação em medicamentos e vacinas no âmbito do Ceis – modelos, mecanismos e expectativas 2023-04-19T14:17:58-03:00 Daniela Rangel Affonso Fernandes daniela.fernandes@far.fiocruz.br Carlos Augusto Grabois Gadelha carlos.gadelha@fiocruz.br Jose Manuel Santos de Varge Maldonado jose.maldonado@ensp.fiocruz.br <p>O artigo objetivou apresentar informações relevantes originais sobre as estratégias de inovação utilizadas por Laboratórios Farmacêuticos Oficiais (LFO) para redução das vulnerabilidades do Sistema Único de Saúde (SUS) e capacitação produtiva e tecnológica do Complexo Econômico-Industrial da Saúde. Como métodos, foram utilizadas a revisão da literatura e a análise de dados primários oriundos de entrevistas realizadas em dois dos maiores LFO do País. Foram identificados e analisados os seus esforços e resultados em Pesquisa e Desenvolvimento (P&amp;D) assim como a incorporação de tecnologias de medicamentos e vacinas, com destaque para as Parcerias para Desenvolvimento Produtivo (PDP). Conclui-se que, apesar de as atividades de P&amp;D ainda precisarem avançar, benefícios foram trazidos pelos acordos de transferência de tecnologia, especialmente pelas PDP. No entanto, a capacidade industrial e tecnológica dos Institutos ainda é limitada e carente de investimentos, dificultando a acumulação e a difusão tecnológica. Dessa forma, melhorias são necessárias para que as estratégias de inovação para o SUS apresentem resultados mais efetivos e possam ser revertidos para o bem-estar da sociedade.</p> 2023-08-18T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Saúde em Debate https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/8089 Financiamento de pesquisas sobre dengue no Brasil, 2004-2020 2023-02-28T10:47:57-03:00 Gabriela Bardelini Tavares Melo gabrielabtm@gmail.com Antonia Angulo-Tuesta antonia.unb@gmail.com Everton Nunes da Silva evertonsilva@unb.br Marcos Takashi Obara marcos.obara@gmail.com <p>A dengue representa um importante problema de saúde pública no Brasil devido às constantes epidemias causadas pela doença no País. Este estudo objetivou analisar o financiamento de pesquisas sobre dengue pelo Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde e parceiros no período de 2004 a 2020. Analisou-se a tendência do financiamento por regressão linear generalizada do tipo Prais-Winster e sua distribuição entre as regiões e Unidades Federadas brasileiras, modalidades de contratação das pesquisas, instituições beneficiadas e temas estudados. Entre 2004 e 2020, financiaram-se 232 pesquisas (R$ 164,03 milhões), realizadas, em sua maioria, em instituições da região Sudeste (77,55%), abordando especialmente a temática controle vetorial (37,93%). A tendência de financiamento foi estacionária nos anos estudados. As chamadas estaduais foram a principal forma de modalidade de contratação das pesquisas (65,95%). Houve diferença estatisticamente significante na distribuição do valor financiado entre as modalidades de contratação, bem como no número de pesquisas financiadas e valor financiado entre as regiões brasileiras. Esses achados demonstram a importância de monitorar o financiamento de pesquisas sobre dengue no Brasil e de implementar estratégias de avaliação das pesquisas financiadas, para subsidiar e aprimorar a política de enfrentamento da doença e de seu vetor.</p> 2023-08-19T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Saúde em Debate https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/8028 Residências em saúde: análise de uma política estadual de formação de profissionais para o SUS 2023-01-30T16:17:52-03:00 Juliana Siqueira Santos jucasiqueira@gmail.com Pedro Miguel dos Santos Neto pedro.neto@fiocruz.br <p>As residências em saúde constituem-se importante estratégia de Estado na regulação da formação de profissionais para o Sistema Único de Saúde (SUS) no âmbito da política de gestão do trabalho e educação na saúde. Foi realizada uma investigação que objetivou analisar como a política de residência em área profissional da saúde tem sido implementada no estado de Pernambuco, Brasil, no período de 2010 a 2021, nos aspectos gestão, características dos programas de residência e recursos investidos. O trabalho é uma pesquisa social, do tipo estudo de caso e abordagem de métodos mistos, com pesquisa documental e dados governamentais, que utilizou como referencial teórico-analítico a Abordagem do Ciclo de Políticas. Foi desenvolvida análise de conteúdo temática com base no que foi coletado, na teoria e na perspectiva dos pesquisadores, identificando as categorias: atores da política e governança; expansão da formação e financiamento; áreas temáticas prioritárias; formação nas residências multiprofissionais em saúde. Foram identificadas experiências de gestão com participação dos diversos atores locais, investimento incremental em bolsas de residência e ampliação das residências multiprofissionais em saúde. Persiste o desafio de implementar uma política de formação em saúde, que, pautada pelo ensino em serviço, atue como força motriz para fazer avançar o SUS.</p> 2023-08-18T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Saúde em Debate https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/8024 Prevalência de Violência Sexual com contato e sem contato contra homens brasileiros e fatores associados a sexo forçado 2023-03-10T21:25:53-03:00 Priscila Albernaz Costa Arruda pri-pz@hotmail.com André Campos andreh30@outlook.com Carla Arrais Pimentel Abreu carla_arrais@hotmail.com Diogo Vaz da Silva Junior diogovazjr@gmail.com Denis Gonçalves Ferreira denis.ferreira@univag.edu.br <p>Objetivou-se estimar a prevalência da Violência Sexual (VS) contra homens brasileiros e fatores associados. Estudo transversal, que estimou a prevalência de várias formas de VS entre homens brasileiros por meio de questionário virtual. Participaram do estudo 1.241 homens de todos os estados. A maioria era jovem, entre 18 e 39 anos de idade (61,7%), heterossexual (50,2%), do Sudeste (54,4%), das classes socioeconômicas C/D/E (72,1%) e brancos (64,3%). Sobre as prevalências de VS, 70,5% afirmaram ter sofrido VS sem contato, 43,1%, VS com contato, 23,9%, VS com penetração, e 33,1%, sexo forçado. Ser bissexual, ser homossexual e ser divorciado/separado aumentaram as chances de sofrer sexo forçado. Este estudo indica que homens bissexuais e homossexuais têm mais chances de sofrer VS, corroborando outras pesquisas. Entre divorciados/separados, as chances de sofrer VS também se mostraram significativas e precisam ser mais bem exploradas. O estudo oferece a possibilidade de problematização para acolhimento de homens vítimas de VS, pensando majoritariamente na prevenção de efeitos adversos após a violência e na implantação de políticas públicas da área da saúde mais direcionadas para o público-alvo, considerando os principais fatores associados.</p> 2023-08-18T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Saúde em Debate https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/7932 Malformações fetais: distribuição temporal e sua associação com o uso de agrotóxicos no Rio Grande do Sul 2023-02-28T11:43:15-03:00 Milena Makoski Donat donatmilena@gmail.com Silvana Ceolin silvanaceolin@gmail.com Angélica Reolon da Costa angelicacosta@setrem.com.br Carlice Maria Scherer carlice@setrem.com.br <p>O objetivo do presente estudo é investigar a distribuição temporal das taxas de malformações congênitas no estado do Rio Grande do Sul e sua associação com o uso de agrotóxicos. A pesquisa é de abordagem quantitativa, do tipo descritivo exploratória, realizada durante o primeiro semestre de 2022. O estudo foi conduzido através da associação da ocorrência de malformações com o uso de agrotóxicos, que foi calculada por meio dos Odds Ratios, sendo o Intervalo de Confiança (IC) adotado para as amostras de 95%. Houve variação nas taxas de malformações congênitas ao longo dos cinco períodos analisados. Os resultados indicam que há probabilidade da ocorrência de malformações no estado do Rio Grande do Sul estar associada ao uso de agrotóxicos. Todos os valores de variações percentuais anuais foram significativos e a presença de valores positivos indica tendência de aumento anual da incidência de malformações congênitas no Rio Grande do Sul. É evidente ainda que há variabilidade no número de casos notificados para todas as malformações incluídas no estudo ao longo do período analisado. Ressalta-se a importância de prevenção da exposição aos agrotóxicos, visto que o uso extensivo e inadequado desses está associado a efeitos deletérios na saúde humana.</p> 2023-08-18T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Saúde em Debate https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/7867 Índice de Dependência Regional e Macrorregional: uma contribuição ao processo de regionalização do SUS 2023-04-05T16:08:01-03:00 Daniele Marie Guerra mdaniguerra18@gmail.com Marília Cristina Prado Louvison mariliacpl@gmail.com Arthur Chioro arthur.chioro@unifesp.br Ana Luiza D’Ávila Viana analuizaviana@usp.br <p>O estudo aborda a interdependência das regiões e macrorregiões de saúde no Brasil nas internações de média e alta complexidade, no ano de 2019. Foi realizada a análise dos fluxos estabelecidos, utilizando o Índice de Dependência Regional e Macrorregional, a partir de dados secundários do Sistema Único de Saúde (SUS) obtidos no Sistema de Informação Hospitalar. Os resultados demonstram que grande parte das regiões e macrorregiões de saúde absorvem em seus territórios as internações de média complexidade, com variações entre as especialidades. Nas internações de alta complexidade, a maioria das regiões de saúde apresenta grande dependência, sendo que a assistência está concentrada em 15% delas. Entre as macrorregiões de saúde, o cenário é significativamente heterogêneo, com dependência expressiva nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e alta resolutividade na região Sul. Em todas as análises, o porte populacional das regiões e macrorregiões de saúde apresenta relação inversa à dependência regional e macrorregional. O aprimoramento da regionalização pressupõe a organização de uma rede de atenção à saúde que considere as desigualdades e as diversidades territoriais, a interdependência e a autonomia entre os territórios e os atores implicados, e a coordenação entre as unidades federativas, de modo a garantir cuidado integral e equânime.</p> 2023-08-18T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Saúde em Debate https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/7823 Gestão regional no enfrentamento à pandemia da Covid-19: estudo de casos em São Paulo 2023-06-08T11:05:06-03:00 Ana Lígia Passos Meira analigiapassos@hotmail.com Lídia Pereira da Silva Godoi lidiagodoi@usp.br Nelson Ibañez nelson.ibanez@butantan.gov.br Ana Luiza D’Ávila Viana analuizaviana@usp.br Marília Cristina Prado Louvison mariliacpl@gmail.com <p>Ao final do ano de 2019 o mundo foi surpreendido pela Covid-19, que chegou ao Brasil no início de 2020, fazendo com que o Sistema Único de Saúde (SUS) adotasse estratégias imediatas para atender as necessidades de saúde da população, colocando em evidência todos os obstáculos que o sistema de saúde vinha enfrentando nos últimos anos. O estado de São Paulo não foi diferente do restante do País em relação ao enfrentamento. Este estudo objetivou identificar as principais estratégias adotadas em 5 regiões de saúde de São Paulo, com foco na gestão regional, analisando os processos e práticas adotados para o enfrentamento à pandemia da Covid-19. Tratou-se de um estudo qualitativo, realizado através de estudo de casos múltiplos, com abordagem exploratória, a partir de pesquisa de campo e realização de oficinas regionais. As regiões de saúde deste estudo puderam comprovar a importância da intersetorialidade nas ações de saúde como um todo. Notou-se o grande papel dos municípios nestas ações e a união destes, fortalecendo o papel da regionalização e ampliando a importância da governança em saúde. Ademais, as regiões de saúde saíram fortalecidas porque exerceram seu papel de liderança e organizaram ações junto aos municípios.</p> 2023-08-18T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Saúde em Debate https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/7804 Instituintes e instituídos na formação médica: movimentos desencadeados pelo Programa Mais Médicos 2022-12-20T14:08:14-03:00 Maria Claudia Matias claudiamatias2005@yahoo.com.br Marta Verdi marta.verdi@ufsc.br Mirelle Finkler mirelle.finkler@ufsc.br <p>O presente estudo deteve-se no mapeamento das forças intervenientes no processo de implantação dos cursos de medicina criados a partir do Programa Mais Médicos (PMM), bem como nos efeitos dessas sobre as práticas de formação e sobre os sujeitos que as vivenciam. O campo de investigação foram dois novos cursos de medicina, nas regiões Sul e Nordeste do País. Por meio de abordagem qualitativa de pesquisa, fundamentada no método cartográfico, constatou-se que dois conjuntos de forças operam nos cursos, expressões do instituído e do instituinte na formação médica. No campo do instituído, destacaram-se as influências do modelo biomédico, do mercado de trabalho e dos movimentos de polarização política em curso no cenário nacional. Entre as forças instituintes, tiveram destaque os movimentos estudantis pela mudança na formação, os de reafirmação do Sistema Único de Saúde e da saúde coletiva, e aqueles que apoiam a formação focada em um perfil generalista. Em resumo, a proposta do Programa para a formação médica operou como dispositivo de interferência nesses cursos quando associada a um contexto grupal de construção coletiva, gestão compartilhada do curso e práticas pedagógicas ancoradas na perspectiva da produção sócio-histórica do processo saúde-doença-atenção e da própria instituição medicina.</p> 2023-08-18T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Saúde em Debate https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/7792 Aspectos estruturais para a Diabetes Mellitus nas Unidades Básicas de Saúde em capitais brasileiras 2023-04-05T15:46:02-03:00 Thiala Maria Carneiro de Almeida thiala.maria@gmail.com Mariluce Karla Bomfim de Souza marilucejbv@yahoo.com.br Samilly Silva Miranda samillymiranda@gmail.com <p class="western" align="justify">Objetivou-se, neste artigo, analisar as condições estruturais de unidades de saúde e as diretrizes, os objetivos e as metas da gestão municipal relacionados com a qualidade desses serviços nas capitais segundo regiões brasileiras, tendo em vista a atenção às pessoas com Diabetes Mellitus. Para tanto, foram elaborados um modelo lógico e subdimensões/variáveis para direcionar a busca de dados no banco do Programa de Melhoria de Acesso e Qualidade da Atenção Primária à Saúde, do 3º ciclo. Análises descritivas foram realizadas das capitais por região do Brasil. Para análise documental, utilizaram- se os planos de saúde daqueles municípios que apresentaram percentual de inadequação maior que 50% para, no mínimo, quatro dimensões entre as sete analisadas neste estudo. O estudo revelou necessidade de adequação das condições estruturais das Unidades Básicas de Saúde para a maioria das capitais brasileiras em alguns dos aspectos analisados, com piores resultados para estrutura física e equipamentos. As condições de inadequação apontadas podem trazer impactos negativos na qualidade da atenção às pessoas com diabetes na Atenção Primária à Saúde.</p> 2023-08-18T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Saúde em Debate https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/7253 Padrões espaciais e temporais da mortalidade infantil e seus componentes no Rio de Janeiro 2023-02-28T10:32:44-03:00 Nádia Cristina Pinheiro Rodrigues nadiacristinapr@gmail.com Denise Leite Maia Monteiro denimonteiro2@yahoo.com.br Valéria Teresa Saraiva Lino valeriaslino@gmail.com Mônica Kramer de Noronha Andrade monicakra@gmail.com <p>Objetivos. Avaliar a tendência da mortalidade neonatal, pós-neonatal e infantil de 1996 a 2020, na região metropolitana do estado do Rio de Janeiro e nas outras regiões. Métodos. Estudo ecológico utilizando regiões como unidade de análise. Os dados foram acessados no Sistema de Informações sobre Mortalidade e Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos da Capital (Rio de Janeiro), dos territórios vizinhos (Niterói, São Gonçalo e Baixada Fluminense) e das outras regiões do Estado do Rio de Janeiro. Utilizamos a modelagem multinível de Poisson, onde as variáveis de resposta dos modelos foram mortalidade infantil e seus componentes neonatal e pós-neonatal. Os efeitos fixos dos modelos ajustados foram região e ano da morte. Resultados. No período 1996-2020, a Baixada Fluminense apresentou a maior taxa de mortalidade infantil de seus componentes neonatal e pós-natal na região metropolitana. Todos os modelos ajustados mostraram que quanto mais recente o ano, menor o risco de mortalidade. O risco ajustado da mortalidade infantil e seus componentes neonatal e pós-neonatal foi menor em Niterói. Conclusão. A Baixada Fluminense apresentou o maior risco de mortalidade infantil e de seus componentes neonatal e pós-neonatal na região metropolitana. Detectamos estabilização das taxas de mortalidade nos últimos anos.</p> 2023-08-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Saúde em Debate https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/8847 17ª: uma Conferência comprometida com a Democracia e a Saúde 2023-08-17T20:56:43-03:00 Matheus Zuliane Falcão mzfalco@gmail.com Itamar Lages itamar.lages@upe.br Jamilli Silva Santos jamilli.santos@ufba.br 2023-08-17T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/8848 The 17th: a Conference committed to Democracy and Health 2023-08-17T21:14:25-03:00 Matheus Zuliane Falcão mzfalco@gmail.com Itamar Lages itamar.lages@upe.br Jamilli Silva Santos jamilli.santos@ufba.br 2023-08-17T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/8234 Elaboração de um protocolo de classificação de risco para pacientes oncológicos em Cuidados Paliativos Domiciliares 2023-05-03T13:11:42-03:00 Flavia Navi de Souza flavia_navi@yahoo.com.br Vanessa Gomes da Silva vanessag_2005@yahoo.com.br Alexandre Sousa da Silva alexandre.silva@uniriotec.br <p>Os serviços de Cuidados Paliativos Domiciliares especializados no tratamento de pacientes oncológicos têm como objetivo identificar e controlar sintomas físicos, psicossociais e espirituais em domicílio. Alguns desafios encontrados são a complexidade de sintomas, a sobrevida reduzida dos pacientes com câncer avançado e limitações do sistema de saúde. Para estratificar a prioridade de atendimento dos pacientes com câncer avançado em Cuidados Paliativos Domiciliares, foi elaborado um protocolo de classificação de risco. Este artigo é um relato de experiência sobre o processo de elaboração de um protocolo de classificação de risco para pacientes com câncer avançado atendidos em um serviço de Cuidados Paliativos Domiciliares no Rio de Janeiro. A etapa inicial envolveu reuniões da equipe da Assistência Domiciliar de um hospital oncológico e buscas estruturadas na literatura. Depois, foram listadas as situações clínicas de manejo mais complexo no domicílio, chamadas de sinais e sintomas de alerta: dor, falta de ar, náuseas/vômitos, sangramento e confusão mental aguda. Elaborou-se um protocolo de avaliação e classificação de risco com cinco categorias/cores, para determinar a prioridade de atendimento dos pacientes. O sistema de triagem desenvolvido possui fácil aplicabilidade e requer um treinamento breve do profissional de saúde para que possa ser utilizado durante os atendimentos domiciliares.</p> 2023-08-19T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Saúde em Debate https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/8172 Decisão de profissionais de saúde sobre sua vacinação anti-Covid-19: revisão integrativa 2023-04-19T18:10:49-03:00 Juliana Barbosa Cardoso julianabarbosacardoso@id.uff.br Audrey Vidal Pereira auviprof@gmail.com Márcia Vieira dos Santos enfa.marcia52@gmail.com Luiz Henrique dos Santos Ribeiro henrique.ribieiro9@hotmail.com Bianca Dargam Gomes Vieira biadargam@gmail.com Paolla Amorim Malheiros Dulfe paolla_amorim@yahoo.com.br Dolores Lima da Costa Vidal dolores.vidal@iff.fiocruz.br <p>A decisão vacinal de profissionais de saúde tem sido observada em diferentes países, devido ao seu comportamento de hesitação frente à vacinação contra a Covid-19, que pode interferir no controle da pandemia. Pretendeu-se identificar os fatores associados à decisão vacinal de profissionais de saúde contra a Covid-19 em publicações de julho de 2020 a julho de 2022. Foi realizada uma revisão integrativa da literatura nas bases de dados PubMed, Scopus, Web of Science e Cinahl. As características sociodemográficas da decisão vacinal revelaram que profissionais não médicos, principalmente enfermeiros, apresentaram maior hesitação. O estudo revelou fatores associados à hesitação vacinal, tais como: dúvidas sobre a eficácia das vacinas e o processo de produção, insegurança pela escassez de estudos, medo dos efeitos colaterais e informações veiculadas em mídias sociais. Em relação à aceitação e à recomendação vacinal, ressaltam-se a vacinação prévia contra a influenza, a confiança na eficácia das vacinas e o receio pelo risco de contágio por Covid- 19. A identificação dos fatores associados à decisão vacinal de profissionais de saúde contra a Covid-19 foi estratégica em relação à ampliação da cobertura vacinal, tanto para a proteção da saúde dos profissionais quanto para a da população. </p> 2023-08-19T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Saúde em Debate https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/8127 Determinantes para repercussões na saúde mental de profissionais de saúde hospitalar na pandemia da Covid-19 2023-04-05T17:01:27-03:00 Jamily Cerqueira Etinger Almeida Novais jamillyetinger@gmail.com Marianna Matos Santos mariannamatospsi@gmail.com Nilia Maria de Brito Lima Prado nilia.prado@ufba.br <p>Este artigo tem por objetivo sistematizar, a partir de evidências científicas, aspectos determinantes para o sofrimento psicológico de profissionais de saúde no âmbito hospitalar ante a reorganização do processo de trabalho durante a pandemia da Covid-19. Trata-se de uma revisão de síntese integrativa de literatura, de natureza qualitativa, mediante a busca de artigos científicos nas bases de dados, Epistemonikos, ScienceDirect, PubMed, Embase, Scopus e Web of Science. Para os resultados, consideraram-se, as multivariáveis de maior risco, fatores protetivos, condicionantes e determinantes para repercussões psicológicas em profissionais de saúde hospitalar no curso da pandemia da Covid-19. Por outro lado, o nível de exposição, as longas jornadas de trabalho, o medo de se infectar e infectar seus familiares, de trabalhar na linha de frente da Covid-19, a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e o estigma foram os fatores determinantes e condicionantes para o sofrimento psicológico dos profissionais de saúde, diretamente relacionados com esgotamento ocupacional, burnout, Transtorno de Estresse Pós-Traumático, ansiedade, insônia e depressão. A sistematização pode suscitar reflexões acerca da necessidade de atualização de respostas políticas, por meio de diretrizes e competências, para estabelecer um processo de monitoramento contínuo da saúde mental dos profissionais de saúde.</p> 2023-08-19T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Saúde em Debate https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/7757 Intervenção Breve para uso de Substâncias Psicoativas no Brasil: revisão sistemática 2023-02-10T16:42:12-03:00 José Adelmo da Silva Filho adelmof12@gmail.com José Benedito dos Santos Batista Neto netto1443@gmail.com José Mateus Bezerra da Graça jose88159@gmail.com Sheila Ramos de Oliveira sheila.oliveira@usp.br Divane de Vargas vargas@usp.br <p>As Intervenções Breves têm sido preconizadas há mais de 20 anos pela Organização Mundial da Saúde como uma estratégia de prevenção aos problemas relacionados ao uso de Substâncias Psicoativas, tendo como prioridade a aplicação nos serviços de atenção primária à saúde visando a diminuição dos riscos relacionados a esse fenômeno. Diante disso, o objetivo do presente estudo foi mapear e descrever as evidências científicas existentes na literatura sobre o uso de Intervenção Breve para o uso de Substâncias Psicoativas desenvolvidas no Brasil. Trata-se de revisão sistemática. As buscas foram realizadas em sete fontes de informações, em agosto de 2021. Todos os estudos foram desenvolvidos com abordagem quantitativa. O álcool esteve presente na maioria dos estudos, seguido da maconha e nicotina. O cenário predominante foi a unidade básica de saúde, com público de adultos de ambos os sexos e universitários. A maioria apresentou como proposta a Intervenção Breve grupal presencial e somente dez indicaram o referencial norteador da Intervenção Breve utilizada. No Brasil, as Intervenções Breves são incipientes e os estudos apresentados não destacam com exatidão o referencial norteador da intervenção utilizada.</p> 2023-08-18T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Saúde em Debate https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/8110 O potencial da mediação de conflitos para o controle dos vetores das arboviroses nas favelas brasileiras 2023-02-28T10:37:27-03:00 Eduardo Dias Wermelinger eduardo.wermelinger@fiocruz.br Inês Cristina Mare Salles Salles inesdimare@gmail.com Aldo Pacheco Ferreira aldopachecoferreira@gmail.com <p>Este ensaio parte da premissa de que a melhor estratégia para controlar os mosquitos vetores das arboviroses, e alcançar efetivos resultados profiláticos no complexo ambiente urbano das favelas brasileiras, é promover rotineiras ações de manejo ambiental inseridas em uma orientação integrada e interdisciplinar. Essa premissa se sustenta na complexa realidade social e urbana das favelas, no histórico de insucessos das ações de controle dos vetores em obter eficazes resultados profiláticos e nos exemplos bem-sucedidos de manejo ambiental no País. O método profilático alternativo utilizado no Brasil com base na liberação de mosquitos, em particular infectados com Wolbachia é comentado, mas ainda não possui resultado profilático nas favelas brasileiras. A partir dessa premissa, argumentamos que existe um grande potencial de utilizar habilidades na mediação de conflitos para buscar efetivas e factíveis ações de manejo ambiental na eliminação dos criadouros urbanos dos vetores das arboviroses nas favelas onde residem muitas comunidades socialmente vulneráveis.</p> 2023-08-19T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Saúde em Debate https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/8101 Eficiência em saúde pública: a trajetória de um conceito proveniente da engenharia 2023-04-05T16:49:10-03:00 Janiele Cristine Peres Borges janieleperes@gmail.com Ronaldo Bordin ronaldo.bordin@ufrgs.br <p>A temática mais geral desta pesquisa diz respeito à eficiência na administração pública e sua manifestação na saúde pública. Em um contexto neoliberal, marcado por políticas de austeridade, em que as restrições orçamentárias em relação às políticas sociais são um dos aspectos principais, a análise sobre o que significa eficiência torna-se uma questão de pesquisa relevante. As diferentes ideias sobre eficiência, constituídas e modificadas ao longo da história, exercem influência na gestão dos recursos públicos. Neste sentido, este artigo tem como objetivo descrever a trajetória de desenvolvimento do conceito de eficiência na administração pública, mais especificamente na área de saúde pública. Este argumento é baseado em três pressupostos: ao longo de um século de desenvolvimento do conceito de eficiência na administração pública, este conceito ainda é fortemente carregado de pressupostos oriundos da engenharia; esses pressupostos, por sua vez, se conectam diretamente com princípios da economia neoclássica, que estão na base de perspectivas neoliberais aplicadas à gestão pública; e na área da saúde, o conceito de eficiência fundado apenas em pressupostos da economia de mercado é insuficiente, necessitando ser articulado aos conceitos de eficácia e efetividade.</p> 2023-08-19T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Saúde em Debate https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/7898 Cirurgia bariátrica: complexidades e caminhos para a atenção da obesidade no SUS 2023-04-05T16:14:59-03:00 Rebecca Soares de Andrade rebecca_soaresandrade@yahoo.com.br Eduarda Ângela Pessoa Cesse eduarda.cesse@fiocruz.br Ana Cláudia Figueiró ana.figueiro@fiocruz.br <p>Este ensaio objetivou analisar como o Sistema Único de Saúde (SUS) tem lidado com o aumento da obesidade com indicação para cirurgia bariátrica no Brasil e apontar caminhos para a atenção à saúde integral dessa população. Fez-se um resgate do momento político-histórico de transformação epistemológica da obesidade e suas repercussões para indivíduos, sociedade, sistema de saúde e outros setores; expuseram-se alguns ataques sofridos pelo SUS, em especial os mais recentes, que afetam o já dificultoso acesso à cirurgia bariátrica; e refletiu-se sobre estratégias que buscam garantia da atenção à essa população e a sustentabilidade do sistema de saúde. Destacam-se os documentos produzidos pelo próprio Ministério da Saúde para a orientação do cuidado da obesidade, haja vista sua consonância com as evidências científicas mais atuais e sua utilização por outros países na construção de suas políticas. Ademais, reforça-se a importância do compartilhamento de responsabilidades entre todos os atores envolvidos; a regulamentação da publicidade voltada ao público que possui obesidade; o mandatório aumento de financiamento do SUS; e a utilização da avaliação em saúde de políticas, serviços e ações, para que se façam os ajustes necessários em tempo oportuno, garantindo uma melhor gestão do cuidado em saúde.</p> 2023-08-19T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Saúde em Debate