Mulheres profissionais da saúde e as repercussões da pandemia da Covid-19: é mais difícil para elas?

Autores

  • Julia Vieira Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) https://orcid.org/0000-0003-2360-1186
  • Isabela Anido Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP)
  • Karina Calife Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP)

Palavras-chave:

Covid-19. Pandemias. Pessoal da saúde. Gênero e saúde. Saúde mental.

Resumo

A pandemia da Covid-19 promoveu mudanças significativas no cotidiano de todos, mas entre os profissionais da saúde, estas foram ainda mais profundas. A crise sanitária impactou relações pessoais, sociais e familiares, trazendo sensação de desamparo e insegurança, agravadas ainda pelo desastroso enfrentamento da pandemia pelo governo federal no Brasil. A força de trabalho na saúde tem sido apontada pela literatura como majoritariamente feminina e o papel social de gênero, somado ao contexto atual, agrava as implicações da pandemia para as mulheres. Este estudo analisou as repercussões da pandemia da Covid-19 sobre diferentes perfis de profissionais da saúde no estado de São Paulo. Estudo descritivo,
utilizou questionário semiestruturado, on-line validado e o processamento dos dados quantitativos foi realizado pelo software Stata 13.0. Foram comparadas as respostas de acordo com o gênero declarado. Os achados corroboram com a literatura acerca da prevalência importante de sobrecarga de profissionais da saúde, e da discrepância entre fatores de sobrecarga apontados por gênero. Os
resultados reforçam a necessidade de um olhar de gênero para as ações e respostas às consequências que surgirão à medida que a pandemia avança e na recuperação da sociedade no pós-pandemia.

Publicado

2022-06-16

Como Citar

1.
Vieira J, Anido I, Calife K. Mulheres profissionais da saúde e as repercussões da pandemia da Covid-19: é mais difícil para elas?. Saúde debate [Internet]. 16º de junho de 2022 [citado 12º de março de 2025];46(132 jan-mar):47-62. Disponível em: https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/6399

Edição

Seção

Artigo Original