Territórios indígenas e determinação socioambiental da saúde: discutindo exposições por agrotóxicos

Autores

  • Francco Antonio Neri de Sousa e Lima Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
  • Marcia Leopoldina Montanari Corrêa Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) https://orcid.org/0000-0001-7812-0182
  • Silvia Angela Gugelmin Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)

Palavras-chave:

Determinação Social da Saúde. Agronegócio. Agrotóxicos. Praguicidas. Povos indígenas.

Resumo

As etapas que envolvem a cadeia produtiva de commodities agrícolas produzem possibilidades
diferenciadas de vulnerabilidade nas populações, afetando a situação de saúde dos povos indígenas. O uso de agrotóxicos é uma atividade intrínseca aos monocultivos. A exposição a essas substâncias gera desfechos negativos agudos e crônicos na saúde humana e contaminação no ambiente. De modo a contribuir com o debate no campo da Saúde Coletiva, o texto direciona as discussões ao estado de Mato Grosso, onde estão
vários povos indígenas, enfrentando a produção de commodities e desfechos em saúde relacionados com os agrotóxicos. Para isso, recorremos à determinação socioambiental do processo saúde-doença, organizando uma matriz de indicadores que enfatizam as escolhas e as omissões do Estado nas questões ambientais,
incorporando historicidade nos processos de adoecimento. Os impactos da cadeia de commodities agrícolas e as exposições por agrotóxicos em territórios indígenas são um problema intersetorial que se vincula a violação de direitos humanos, direito à terra, à saúde e à segurança alimentar e nutricional. As respostas
devem ser consideradas em uma perspectiva articulada entre os setores econômico, político, ambiental e da saúde, com participação e decisão da população indígena nas etapas dos processos.

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Publicado

2022-07-03

Como Citar

1.
Lima FAN de S e, Corrêa MLM, Gugelmin SA. Territórios indígenas e determinação socioambiental da saúde: discutindo exposições por agrotóxicos. Saúde debate [Internet]. 3º de julho de 2022 [citado 28º de março de 2024];46(especial 2 jun):28-44. Disponível em: https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/5067