Vulnerabilidade institucional do setor saúde a desastres: perspectiva dos profissionais e gestores de Nova Friburgo

Autores

  • Isadora Vida Mefano e Silva Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
  • Carlos Machado de Freitas Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
  • Leonardo Esteves de Freitas Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) https://orcid.org/0000-0003-4751-356X

Palavras-chave:

Desastres. Vulnerabilidade a desastres. Risco. Redução do dano.

Resumo

Alguns países têm perdido até 50% da sua capacidade hospitalar em decorrência de eventos extremos. Aproximadamente 67% das instalações de saúde da América Latina e do Caribe localizam-se em áreas propensas a desastres. Considerando as condições de vulnerabilidade, esses desastres constituem uma ameaça à saúde pública. Se o próprio setor saúde é vulnerável, um determinado evento pode afetar a vida de mais pessoas, tanto trabalhadores e usuários que estão nos estabelecimentos de saúde no momento, se estes estão localizados em áreas de risco, como comprometendo a sua capacidade de resposta aos impactos deste evento na saúde da população. Boa parte dos estudos sobre desastres são realizados ouvindo a população, suas percepções e representações sociais. Entretanto, poucos estudos foram feitos sobre a percepção dos trabalhadores da saúde nesses desastres. Através de entrevistas com profissionais de saúde e gestores no município de Nova Friburgo, foi identificado que, além da vulnerabilidade das infraestruturas de saúde em áreas de risco, o setor também se torna vulnerável pela falta de preparação e de participação na elaboração dos planos municipais de gestão de risco, bem como pela falta de participação dos profissionais da ponta e das comunidades na elaboração dos planos do próprio Setor.

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Publicado

2020-07-31

Como Citar

1.
Silva IVM e, Freitas CM de, Freitas LE de. Vulnerabilidade institucional do setor saúde a desastres: perspectiva dos profissionais e gestores de Nova Friburgo. Saúde debate [Internet]. 31º de julho de 2020 [citado 22º de dezembro de 2024];44(especial 2 jul):188-201. Disponível em: https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/3256