Desastre da Vale: o desafio do cuidado em Saúde Mental e Atenção Psicossocial no SUS
Palavras-chave:
Desastres. Saúde mental. Sistemas de apoio psicossocial. Saúde pública.Resumo
Em 25 de janeiro de 2019 a barragem Córrego do Feijão da empresa Vale S.A., em Brumadinho, Minas Gerais, rompeu-se atingindo a área administrativa da empresa e área rural do entorno, deixando sob a lama de rejeito de minérios, corpos, capacidade produtiva e de subsistência, memórias e trajetórias. O rompimento da barragem desencadeou a morte direta de 249 pessoas e deixou 137 pessoas desabrigadas. Este artigo tem como objetivo relatar a experiência da implementação da estratégia de Saúde Mental e Atenção Psicossocial (SMAPS) no Sistema Único de Saúde, considerando os três entes federados, bem como os atores que compuseram a estratégia desde as primeiras horas após o desastre até o final dos primeiros 6 meses. Muitos foram os desafios para que o Sistema Único de Saúde se readaptasse à nova conjuntura, particularmente pela combinação dos seguintes fatores: sofrimento intenso e amplitude das perdas socioafetivas vivenciadas; escassez de emprego e recursos financeiros; consequências ambientais ainda pouco mensuradas, e; demanda por ressignificação de uma identidade da comunidade residente. Um trabalho articulado entre o SUS, junto aos diferentes setores como a educação e a assistência social mostrou-se importante e primordial, apontando para a necessidade de continuidade desses pontos na agenda do SUS.
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