Geografia e saúde: a produção contemporânea de uma teoria espacial enferma
Palabras clave:
Saúde do Trabalhador, Território, GeografiaResumen
O encontro necessário – e pouco estimulado – entre geografia e saúde, na produção acadêmica contemporânea, revela que a ciência está, também, enferma. Todavia, quando se torna possível gerar aproximações, intersecções e diálogos entre, por exemplo, interpretação territorial da saúde-doença e interpretação da saúde-doença a partir das determinações territoriais, criam-se condições para estabelecer uma crítica à ciência e ao monopólio da saúde. Em decorrência disso, propõe-se a reflexão da saúde do trabalhador como elo entre território e saúde. Pesquisas de campo, orientações de dissertações e doutoramentos e participação do Fórum Intersindical Saúde-trabalho-direito/Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz-RJ) nutrem as reflexões elaboradas no presente artigo. O pressuposto teórico inscreve-se pelo seguinte princípio: a saúde do trabalhador, como um campo e uma questão social, ao defender a saúde pública, a saúde como direito e justiça, e, ao criticar todos os regimes de exploração do trabalho, sob uma leitura territorial, ganha um reforço na sua práxis, pois esclarece que o adoecimento está implicado na relação entre as esferas de poder que, na sociedade capitalista, ocupam-se em preservar e constituir a desigualdade social, o monopólio da riqueza, a pobreza e a violência. A luta pela saúde, um bem primordial, faz-se na luta pela emancipação territorial.
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