A interface entre atenção primária e especializada em cenário de descentralização de cuidados em HIV/Aids
Palabras clave:
Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, Colaboração intersetorial, Atenção secundária à saúde, Atenção Primária à Saúde, Assistência integral à saúdeResumen
A interação entre Atenção Primária à Saúde (APS) e especializada é tão relevante quanto crítica. O cuidado às Pessoas Vivendo com HIV/Aids (PVHA), que era realizado em ambulatórios especializados, recentemente, passou a se dar também pela APS, considerando seu potencial de ampliar o acesso. A partir de estudo de caso realizado em uma região municipal do Rio de Janeiro entre 2018 e 2019, discutiu-se tal problemática, destacando como resultados: desconhecimento/hesitação dos profissionais da atenção
especializada sobre a atenção básica quanto à sua capacidade de cuidar das PVHA; priorização de investimento material, simbólico e político na atenção básica; quase inexistência de canais de diálogo entre
serviços; entre outros. Na experiência estudada, a interface entre APS e atenção especializada tem se dado
mais em uma lógica binária e de isolamento que em uma perspectiva de interação e gestão (compartilhada)
do cuidado, que seria esperada em uma conformação de rede de atenção. Apesar dos potenciais ganhos de acesso e ‘racionalização’ do uso do especialista (infectologista), tais resultados indicam a necessidade de fortalecer processos e mecanismos de comunicação e interação entre profissionais de diferentes tipos de serviços, além de dispositivos de coordenação dos cuidados, como apoio matricial e prontuário eletrônico integrado em rede.
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