Desigualdades de gênero por área de conhecimento na ciência brasileira: panorama das bolsistas PQ/CNPq

Autores/as

  • Rocelly Cunha Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
  • Magda Dimenstein Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) https://orcid.org/0000-0002-5000-2915
  • Candida Dantas Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Palabras clave:

Ciência. Identidade de gênero. Grupos de populações continentais. Psicologia.

Resumen

O número de mulheres pesquisadoras tem crescido mundialmente. No entanto, as desigualdades de gênero persistem em quatro aspectos: as mulheres ainda representam parcela minoritária na ciência mundial; concentram-se em determinadas áreas de conhecimento; predominam nos níveis iniciais da carreira e são sub representadas em posições deliberativas da política científica e tecnológica. No CNPq, apesar do aumento de mulheres bolsistas de Produtividade em Pesquisa (PQ) nas últimas décadas, as assimetrias permanecem. Esse estudo visa discutir as assimetrias de gênero e raça nas diferentes áreas do conhecimento, em particular na Psicologia, tomando como analisador a distribuição de bolsas (PQ) do CNPq. Utilizou-se dados disponibilizados pelo CNPq e coletados através de SurveyMonkey. As desigualdades de gênero na ciência persistem no sistema científico brasileiro: as mulheres são minoria dentre os bolsistas PQ/CNPq, concentram-se em guetos disciplinares e enfrentam dificuldades tanto para acessar o sistema PQ quanto para alcançar as modalidades de bolsa de maior prestígio científico. Na Psicologia, apesar da presença em todas as modalidades de bolsa, ocupam proporcionalmente menos posições no topo da carreira. Ademais, há invisibilidade de mulheres negras e indígenas que tem suas raízes no projeto moderno colonial.

Publicado

2021-10-19

Cómo citar

1.
Cunha R, Dimenstein M, Dantas C. Desigualdades de gênero por área de conhecimento na ciência brasileira: panorama das bolsistas PQ/CNPq. Saúde debate [Internet]. 19 de octubre de 2021 [citado 5 de febrero de 2025];45(especial 1 out):83-97. Disponible en: https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/4871