Corpo e paradigma da imunização: reflexões sobre território, saúde e gênero a partir da metáfora do sangue
Palabras clave:
Temas bioéticos. Corpo humano. Territorialidade. Saúde pública.Resumen
Este trabalho pretende contribuir para a reflexão sobre o corpo no desenvolvimento do Estado-nação entre o século XIX e início do século XX, tendo a metáfora do sangue como referencial na análise. A escolha deste período se deu por sua importância política, econômica e social para os Estados Modernos. Nestes, os dispositivos biopolíticos e de biopoder, engendrados pelo paradigma da imunização e através das teorias higienistas e eugenistas misturadas à linguagem de germes e de genes, concorreram para que a noção de fronteira nacional ultrapassasse o limite territorial. Em nosso entendimento, o Estado-nação visto através da metáfora do sangue como chave heurística pode auxiliar a compreensão dos dispositivos biopolítico-imunitários na sua construção identitária. Tais dispositivos, agindo sobre os corpos, se integraram à agenda nacionalista de algumas ex-colônias desde sua dimensão geográfica ao âmbito da vida privada. Neste contexto, os discursos biomédico, científico, político e moral se confundiram, fundamentando um conjunto de comportamentos, crenças e saberes sobre o corpo e o território que cooperaram com seus projetos nacionalistas.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Saúde em Debate
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.