‘De repente, tudo fechou’: rede de cuidado à População em Situação de Rua na pandemia de covid-19
Palavras-chave:
Desigualdades sociais em saúde, População em situação de rua, Redes intersetoriais, COVID-19Resumo
A pandemia de COVID-19 expôs os grupos mais vulnerabilizados, como a população em situação de rua (PSR), ao adoecimento e à desassistência das políticas públicas. A literatura sobre as respostas às demandas de saúde e de assistência social dos mais vulnerabilizados, durante a pandemia, ainda é escassa. O presente artigo desenha a cartografia social da rede de cuidados à PSR, considerando os caminhos formalmente instituídos e os produzidos através do Trabalho Vivo em Ato, durante a pandemia de COVID-19, no município de Belo Horizonte. Para tanto, foram realizadas análise documental, visitas técnicas a serviços assistenciais, entrevistas em profundidade e grupos focais com atores que compõem a rede de cuidados. Os resultados mostraram que a rede é composta por quatro componentes com interseções: pela rede da saúde, incluindo a especificidade do cuidado de sintomáticos respiratórios, da rede social assistencial e da Pastoral Nacional do Povo da Rua (sociedade civil organizada). As mudanças de fluxos impostas pela pandemia repercutiram em dificuldades no acesso aos serviços de cuidado da PSR. Contudo, observou-se a potencialidade para a oferta da integralidade do cuidado, através das articulações realizadas na pandemia entre a saúde, assistência social e a sociedade civil organizada.
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