Vivência e expectativas de doulas em região brasileira de fronteira

Autores

  • Larissa Djanilda Parra da Luz Fundação Oswaldo Cruz Brasília (Fiocruz) – Rio de Janeiro (RJ), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-1172-9492
  • Sebastião Caldeira Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) – Foz do Iguaçu (PR), Brasil.
  • Elvira Maria Godinho de Seixas Maciel Fundação Oswaldo Cruz Brasília (Fiocruz) – Rio de Janeiro (RJ), Brasil.

Palavras-chave:

Doulas, Saúde pública, Bem-estar materno, Pesquisa qualitativa

Resumo

O estudo buscou compreender a vivência e as expectativas das doulas que atuam ou atuaram em dois municípios de região de fronteira: Foz do Iguaçu e Cascavel, Paraná, Brasil. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa pautada no referencial da Fenomenologia Social. A coleta das informações deu-se
por entrevistas com roteiro semiestruturado em língua portuguesa. As entrevistas foram feitas on-line. Os resultados foram classificados em seis categorias: motivação para tornar-se doula, conhecimento sobre o papel da doula, o cotidiano das doulas, abarcando as subcategorias de experiências exitosas e desafios da atividade na região de fronteira, a invisibilidade da doulagem, as expectativas enquanto doulas frente ao cenário obstétrico e o esperado da sua atuação profissional. O estudo permitiu compreender a vivência
das doulas e o conhecimento do papel da sua função no Sistema Único de Saúde (SUS), no setor privado e em partos domiciliares, evidenciando a importância da atuação multiprofissional. Foram ponderadas resistências no cenário obstétrico por desconhecimento dos profissionais da assistência sobre o papel da doula. Em relação à atuação na região de fronteira, as doulas relataram o acompanhamento de mulheres paraguaias no Brasil e, com menos frequência, no Paraguai. As barreiras culturais e linguísticas foram destacadas como obstáculos para o exercício profissional em outro país.

Biografia do Autor

Larissa Djanilda Parra da Luz, Fundação Oswaldo Cruz Brasília (Fiocruz) – Rio de Janeiro (RJ), Brasil.

Graduada em Saúde Coletiva pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (2016). Mestra em Saúde Pública Pública em Região de Fronteira pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (2019). Doutoranda em Saúde Pública e Meio Ambiente pela Escola Nacional de Saúde Pública - Fundação Oswaldo Cruz. 

Sebastião Caldeira, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) – Foz do Iguaçu (PR), Brasil.

Graduação em Enfermagem pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste (1995), Mestrado em Letras - Linguagem e Sociedade pela Unioeste (2005) e Pós-Graduação Stricto Sensu - Doutorado em Ciências - Cuidado em Saúde pela Universidade de São Paulo - Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade de São Paulo - PPGE-EEUSP (2012). Professor Associado no CCBS Curso de Enfermagem na Unioeste e Docente no Mestrado - Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Saúde Pública em Região de Tríplice Fronteira Unioeste, Foz do Iguaçu PR. 

Elvira Maria Godinho de Seixas Maciel, Fundação Oswaldo Cruz Brasília (Fiocruz) – Rio de Janeiro (RJ), Brasil.

Graduada em Medicina pela Universidade Universidade Federal de Juiz de Fora (1986), Especialista (Residência Médica) em Pediatria pelo Instituto Fernandes Figueira - IFF/Fiocruz (!987-1988), Mestre em Ciências (área Saúde Coletiva) pela Fundação Oswaldo Cruz (1992) e doutora em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2005). Pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, lotada no Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde. Docente dos Programas de Pós graduação Stricto sensu (mestrado e doutorado) em "Saúde Pública e Meio Ambiente".

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Publicado

2024-04-03

Como Citar

1.
Djanilda Parra da Luz L, Caldeira S, Godinho de Seixas Maciel EM. Vivência e expectativas de doulas em região brasileira de fronteira. Saúde debate [Internet]. 3º de abril de 2024 [citado 18º de maio de 2024];48(140). Disponível em: https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/8386

Edição

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Artigo Original