Da Rede Cegonha à Rami: tensões entre paradigmas de atenção ao ciclo gravídico puerperal
Palavras-chave:
Modelos de assistência à saúde, Saúde materno-infantil, Saúde reprodutivaResumo
Em abril de 2022, o Ministério da Saúde publicou a Portaria GM/MS nº 715, que altera a portaria de consolidação GM/MS nº 3, de 28 de setembro de 2017, com o objetivo de instituir a Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil (RAMI). Tendo em vista a preexistência da Rede Cegonha, também voltada a essa parcela da população, objetivamos analisar os modelos de atenção ao ciclo gravídico puerperal intrínsecos a cada um dos métodos de estruturação organizacional adotados. Para tanto, utilizamos como referencial teórico-metodológico a pesquisa com práticas discursivas, o que nos possibilitou identificar os repertórios relativos a três categorias pré-definidas: os sujeitos, os locais e os agentes da assistência. Em nossa análise, pudemos observar diferenças paradigmáticas entre as duas redes de atenção. A partir de tais distinções, concluímos que a Rede Cegonha está fundamentada em uma concepção de gestação e parto como eventos normais da vida sexual e reprodutiva, enquanto a RAMI se estrutura por meio da ênfase no risco, propondo um modelo centrado no hospital e na figura do médico.
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