Quando não é possível deixar de informar: o processo de trabalho de jornalistas durante a pandemia da Covid-19

Autores

  • Beatriz Joia Tabai Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
  • Taylon Batista dos Santos Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
  • Jandesson Mendes Coqueiro Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)

Palavras-chave:

Jornalismo. Infecções por coronavírus. Comunicação em saúde.

Resumo

Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa com o objetivo de analisar, a partir do referencial teórico da Análise Institucional Socioanalítica, o discurso dos jornalistas sobre o seu processo de trabalho durante a pandemia da Covid-19. A partir da entrevista projetiva com dez jornalistas, foram apontados que o medo da infecção por Covid-19, a diminuição salarial e a violência se configuraram atravessamentos em seus processos de trabalho. Com isso, os jornalistas buscavam linhas de fuga como, por exemplo, a meditação e leitura de obras literárias para enfretamento dos problemas existentes no trabalho. Além disso, os sujeitos afirmaram que o aprendizado com uso de novas tecnologias e o sentimento de estar realizando um trabalho importante se apresentavam como questões que potencializavam o seu labor. Dessa forma, faz-se necessária o fortalecimento de políticas públicas de proteção aos jornalistas, no sentido de valorização da profissão, combate à violência e aumento da qualidade de vida desses profissionais. Deve-se, principalmente, utilizar essa discussão como pauta política de intervenção nos próprios trabalhadores jornalistas, com busca ao enfretamento dos atravessamentos e transformação, uma vez que seus efeitos negativos são complexos, inclusive no que diz respeito à saúde desses indivíduos.

Publicado

2022-07-06

Como Citar

1.
Tabai BJ, Santos TB dos, Coqueiro JM. Quando não é possível deixar de informar: o processo de trabalho de jornalistas durante a pandemia da Covid-19. Saúde debate [Internet]. 6º de julho de 2022 [citado 29º de março de 2024];46(especial 1 mar):93-104. Disponível em: https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/5678