Aspectos contextuais na construção da cogestão em Unidades Básicas de Saúde
Palavras-chave:
Gestão em saúde. Humanização da assistência. Administração em saúde.Resumo
A Política Nacional de Humanização tem como objetivo promover os princípios ideológicos preconizados pelo Sistema Único de Saúde, sendo a cogestão uma de suas diretrizes. Este artigo tem como objetivo descrever e compreender como aspectos contextuais favorecem ou limitam a construção da cogestão no âmbito da Atenção Básica. Trata-se de um estudo empírico e qualitativo, desenvolvido em duas unidades de saúde, uma tradicional e uma com Estratégia Saúde da Família (ESF). A construção do corpus se deu por meio de imersão no campo e diário para anotação de observações e reflexões, analisados por agrupamento temático. Como resultados descrevemos os aspectos contextuais da ESF: o horário de funcionamento, equipe multiprofissional e necessidade de reuniões, formação do médico, agentes comunitários, e organização do espaço físico como facilitadores para o funcionamento em cogestão. Já os elementos contextuais da unidade tradicional: estrutura organizacional, modelo médico e ausência de reuniões, horário de funcionamento, e organização do espaço físico como dificultadores para essa construção. Esperamos que essa análise promova iniciativas que considerem a importância dos aspectos estruturais, para além do protagonismo dos sujeitos, como imprescindíveis para o processo de mudança.
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