O cuidado psicossocial no campo da saúde mental infantojuvenil: desconstruindo saberes e reinventando saúde
Palavras-chave:
Assistência integral à saúde. Serviços de saúde mental. Colaboração intersetorial. Direito à saúde.Resumo
O artigo propõe uma reflexão sobre o conceito de saúde e doença e suas consequências no trabalho em rede e intersetorial. Tendo como referência o modelo de atenção psicossocial e a Reforma Psiquiátrica Brasileira, busca refletir sobre a maneira como a saúde mental infanto-juvenil adentra no cenário brasileiro. Para isto, analisa um caso clínico atendido em um Centro de Atenção Psicossocial infanto-juvenil, buscando articular o conceito de saúde e doença e o trabalho intersetorial ao paradigma da Reforma Psiquiátrica Brasileira. A Reforma Psiquiátrica Brasileira representa a desconstrução dos saberes psiquiátricos e (re)inserção da loucura na Cidade. Com isto, vemos surgir o modelo psicossocial de cuidado em detrimento do modelo biomédico, modificando a maneira como concebemos os sujeitos e o processo saúde-doença. Estas modificações são acompanhadas de tensões, uma vez que a desconstrução de saberes e práticas manicomiais é um processo em andamento, envolvendo diversos atores sociais. Esta equação se complexifica no campo da saúde mental infanto-juvenil pela invisibilidade histórica desta clientela nas políticas públicas. Neste sentido, o trabalho em rede e intersetorial se apresenta como ferramenta potente de transformação de saberes e práticas cristalizados, em um movimento micropolítico, tal qual proposto pela Reforma Psiquiátrica Brasileira.
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