Proposta de análise integrada de emergências em saúde pública por arboviroses: o caso do Zika vírus no Brasil

Autores

Palavras-chave:

Zika vírus. Infecções por arbovírus. Vulnerabilidade a desastres. Emergências em desastres. Sistemas de saúde.

Resumo

A mudança no padrão de ocorrência da microcefalia associada à infecção pelo Zika Vírus em gestantes no Brasil resultou na decretação de emergência em saúde pública de importância nacional e internacional. Esforços coordenados e multisetoriais foram demandados, mas nem sempre houve respostas efetivas ou preparação das populações afetadas. A epidemia de Zika repercutiu nas políticas públicas, incluindo a de saúde, seja na investigação científica, seja na proposição de medidas de controle, diagnóstico, prevenção e tratamento. Objetivou-se apresentar proposta de análise integrada para abordagem de futuras emergências sanitárias com foco nas arboviroses. Partindo da experiência brasileira da epidemia e literatura relacionada, articularam-se quatro dimensões: vulnerabilidades e risco; condições e impactos socioeconômicos na população; desenvolvimento e emprego de tecnologias e pesquisas; e resposta e reprogramação do sistema de saúde. Pretende-se viabilizar loci específicos de investigação, para mensuração de possíveis desfechos e geração de novas evidências sobre os efeitos da epidemia nos sistemas de saúde. O conhecimento científico e suas lacunas são considerados os principais elementos integradores dessas dimensões analíticas, de forma a contribuir com resposta mais oportuna e efetiva em futuras emergências. Além do conhecimento adquirido, faz-se necessário agregar capacidade de enfrentar futuras emergências relacionadas com as epidemias de arboviroses.

 

Publicado

2020-07-31

Como Citar

1.
Pepe VLE, Albuquerque MV de, Osorio-de-Castro CGS, Pereira CC de A, Oliveira CV dos S, Reis LG da C, et al. Proposta de análise integrada de emergências em saúde pública por arboviroses: o caso do Zika vírus no Brasil. Saúde debate [Internet]. 31º de julho de 2020 [citado 22º de dezembro de 2024];44(especial 2 jul):69-83. Disponível em: https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/3072