Vivências de pessoas LGBT em situação de rua e as relações com a atenção e o cuidado em saúde em Florianópolis, SC

Autores

  • Dalvan Antonio de Campos Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
  • Heitor Mondardo Cardoso Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
  • Rodrigo Otávio Moretti-Pires Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Palavras-chave:

Pessoas em situação de rua. Minorias sexuais e de gênero. Assistência integral à saúde. Discriminação social.

Resumo

As identidades de gênero têm impacto sobre as vivências das pessoas em situação de rua, sendo importante motivo na quebra de vínculo familiar e ida para a rua, no caso lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT). As pessoas LGBT em situação de rua tem sua relação com o serviço de saúde comprometida e apresentam os piores indicadores de saúde entre a população de rua. O objetivo deste estudo foi compreender as implicações das identidades de gênero nas relações sociais e saúde de LGBT em situação de rua de Florianópolis/SC. Trata-se de uma pesquisa qualitativa realizada entre os meses de novembro de 2017 e fevereiro de 2018, com pessoas LGBT em situação de rua, no centro de Florianópolis/SC. Foram realizadas entrevistas individuais semiestruturadas para coleta de dados. Os principais motivos de ida para a rua foram os conflitos familiares e opção pessoal. A rua foi apresentada como um espaço de intensa discriminação contra LGBT com aspectos interseccionais relacionados a raça, amenizadas por algumas estratégias de ‘desvio de foco’ e necessidade de saúde. Devido as experiências discriminatórias com profissionais de saúde, o cuidado de saúde é feito pelas próprias pessoas em situação de rua.

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Publicado

2022-07-07

Como Citar

1.
Campos DA de, Cardoso HM, Moretti-Pires RO. Vivências de pessoas LGBT em situação de rua e as relações com a atenção e o cuidado em saúde em Florianópolis, SC. Saúde debate [Internet]. 7º de julho de 2022 [citado 17º de abril de 2024];43(43 especial 8 dez):79-90. Disponível em: https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/2840