Tempo de espera e absenteísmo na atenção especializada: um desafio para os sistemas universais de saúde
Palavras-chave:
Listas de espera. Acesso aos serviços de saúde. Serviços de saúde. Atenção secundária à saúde.Resumo
O objetivo do estudo foi analisar o absenteísmo em relação ao tempo de espera por consultas e exames especializados nos vinte municípios que compõem a Região de Saúde Metropolitana do Estado do Espírito Santo (RSM-ES), Brasil. Estudo descritivo retrospectivo realizado a partir da análise do Banco de Dados da Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo. Foram considerados 1.002.719 encaminhamentos dos usuários residentes na RSM-ES para consultas/exames especializados, no período de 2014 a 2016, que correspondem a todos os agendamentos. O tempo médio de espera pela consulta foi de 419 dias (desvio padrão = 29,3, mediana =17,0) em 2014, de 687 dias (desvio padrão = 70,5, mediana = 16,0 ) em 2015, de 1077 dias (desvio padrão = 140,3, mediana =20,0) em 2016, aumento progressivo da espera com o passar dos anos. As análises apontaram que o tempo de espera e o porte municipal são fatores correlacionados às taxas absenteísmo (p-valor<5%). O impacto do absenteísmo nos serviços ambulatoriais, influenciado pelo tempo de espera constitui-se em um grande desafio para a estruturação de um sistema público de saúde no Brasil. Conhecer fatores que impactam o comportamento de não comparecimento a compromissos agendados pode subsidiar mudanças nas políticas de agendamento.
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