Gestores municipais do Sistema Único de Saúde: perfil e perspectivas para o Ciclo de Gestão 2017-2020

Autores

  • Assis Luiz Mafort Ouverney Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
  • André Bonifácio de Carvalho Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
  • Nádia Maria da Silva Machado Ministério da Saúde (MS)
  • Marcelo Rasga Moreira Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
  • José Mendes Ribeiro Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

Palavras-chave:

Gestor de saúde. Governo local. Sistema Único de Saúde.

Resumo

Esse artigo tem como objetivo analisar o perfil e as percepções dos secretários municipais de saúde – SMS sobre as perspectivas para o SUS em âmbito nacional, ressaltando as variações apresentadas nas  regiões norte, nordeste, centro-oeste, sudeste e sul. Busca-se compreender em que medida a consolidação do SUS tem sido acompanhada pela democratização do acesso ao cargo de SMS e pela modernização das práticas de gestão pública. Os dados foram coletados com questionário eletrônico aplicado via web, respondido por 2.313 gestores, no âmbito da Pesquisa Nacional dos Secretários Municipais de Saúde, um estudo nacional, realizado em 26 estados em 2017 e 2018. Os resultados mostram que o cargo de SMS é cada vez mais ocupado por mulheres com pós-graduação, que exercem a função pela primeira vez e com experiência na gestão da atenção primária. Além disso, o estudo ressalta a presença recorrente de limitações estruturais ao aperfeiçoamento da capacidade de gestão local, em especial a redução do financiamento federal, as dificuldades de acesso a exames e consultas especializadas, a judicialização, o diálogo incipiente com órgãos de controle externo, as insuficiências do papel do gestor estadual no planejamento e na regionalização e a necessidade de formação dos conselheiros municipais de saúde.

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Publicado

2022-07-07

Como Citar

1.
Ouverney ALM, Carvalho AB de, Machado NM da S, Moreira MR, Ribeiro JM. Gestores municipais do Sistema Único de Saúde: perfil e perspectivas para o Ciclo de Gestão 2017-2020. Saúde debate [Internet]. 7º de julho de 2022 [citado 29º de março de 2024];43(especial 7 dez):75-91. Disponível em: https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/2345