A Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde: desafios e potencialidades

Autores

  • Laiane Claudia Rodrigues Procópio Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
  • Clarissa Terenzi Seixas Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Raquel Souza Avelar Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Kênia Lara Silva Universidade Federal de Minas Gerais
  • Mara Lisiane de Moraes dos Santos Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

Palavras-chave:

Assistência domiciliar. Serviços de assistência domiciliar. Políticas públicas de saúde. Cuidadores. Sistema Único de Saúde.

Resumo

Este estudo tem por objetivo conhecer a produção científica acerca da Atenção Domiciliar no Brasil, discutindo os desafios e as potencialidades dessa modalidade de assistência no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se de uma revisão integrativa em bases de dados eletrônicas na área da saúde, no período entre 2006 e 2017, cuja amostra final incluiu 23 artigos. Da análise emergiram três categorias: ‘Potencial substitutivo da Atenção Domiciliar e articulação com a rede’; ‘O usuário e sua família na Atenção Domiciliar’; ‘Satisfação dos usuários e a relação com a equipe’. A análise aponta como potencialidades da Atenção Domiciliar a configuração como rede substitutiva de cuidado, o vínculo e as relações horizontais entre equipe, usuários e familiares. Os principais desafios são a fragmentação do cuidado e a falta de articulação com os outros pontos da rede de atenção. A Atenção Domiciliar é um espaço singular da saúde e pode constituir um espaço potente para reinvenção das relações entre usuários, cuidadores e equipes, questionando os modos hegemônicos de se produzir cuidado.

Biografia do Autor

Laiane Claudia Rodrigues Procópio, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

Mestre em Enfermagem, pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Especialista em Oncologia Multidisciplinar. Enfermeira responsável pela Educação Permanente e Agência Transfusional do Hospital de Câncer de Campo Grande Alfredo Abrão. Docente na Faculdade UNIGRAN CAPITAL no curso de Tecnologia em Radiologia.

Clarissa Terenzi Seixas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Professora adjunta do Departamento de Enfermagem em Saúde Pública da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ. Docente do quadro permanente do Mestrado Profissional em Atenção Primária à Saúde do HESFA/Faculdade de Medicina da UFRJ. Professora em processo de ingresso no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UERJ - PPGEnf / UERJ. Doutora em Sciences Sociales pela Université Paris Descartes - Sorbonne V, Paris, França (2012); Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de Minas Gerais-UFMG (2007); graduada em Enfermagem pela UFMG (2004). Pesquisadora do NUPEPE - Núcleo de Pesquisa sobre o Ensino e a Prática de Enfermagem - da Escola de Enfermagem da UFMG, do CEAQ - Centre d´Etudes sur l´Actuel et le Quotidien da Université Paris Descartes e do Grupo de Pesquisa Micropolitica do Trabalho e o Cuidado em Saúde. Coordenadora do Observatório de Políticas e o Cuidado em Saúde - Pólo UERJ. Tem experiência na área de Enfermagem, Sociologia aplicada à saúde e Saúde Coletiva, atuando principalmente nos seguintes temas: atenção domiciliar, análise de políticas públicas em saúde, educação permanente em saúde, sociologia da velhice e do envelhecimento, micropolítica do trabalho, comparações internacionais, sociologia compreensiva, histórias de vida, estudos do cotidiano, promoção da saúde, integralidade.

Raquel Souza Avelar, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Graduanda em Enfermagem pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Bolsista do projeto A produção do cuidado na Atenção Domiciliar no SUS no Estado do Rio de Janeiro: uma proposta de pesquisa-interferência.

Kênia Lara Silva, Universidade Federal de Minas Gerais

Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal de Minas Gerais (2003), Mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal de Minas Gerais (2005) e Doutorado pela Universidade Federal de Minas Gerais (2009). Professora da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais e pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Ensino e Prática de Enfermagem (NUPEPE). Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Saúde Coletiva e Ensino de Enfermagem, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino, currículo, organização de serviços com ênfase na atenção domiciliar, saúde coletiva e promoção da saúde. Bolsista de Produtividade CNPq - nível 2. Vice Presidenta Cone Sul da Associação Latino americana de Escolas e Faculdades de Enfermagem - ALADEFE (2015-2018); integrante da Rede Iberoamericana de Investigação em Educação em Enfermagem (RIIEE)

Mara Lisiane de Moraes dos Santos, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

Graduação em Fisioterapia pela Universidade Estadual de Londrina (1991) , mestrado em Saúde Coletiva pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2001) e doutorado em Ciências da Saúde pelo convênio multi-institucional Rede Centro-Oeste UnB/UFG/UFMS. Especialista em Ativação de Mudanças na Formação Superior de Profissionais da Saúde/ENSP/MS; Especialista em Fisioterapia Respiratória Neonatal e Pediátrica/Assobrafir. Atualmente atua como professora associada da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Membro do corpo docente permanente dos PPG Stricto Sensu em Saúde da Família e Enfermagem da UFMS, e colaboradora do mestrado profissional PROFSAUDE - Fiocruz/ABRASCO. Pesquisadora do Observatório Microvetorial de Políticas Públicas em Saúde e Educação em Saúde. Tem experiência nas áreas de Fisioterapia Pediátrica e Neonatal, Saúde Coletiva e Formação na Saúde, com ênfase nos seguintes temas: Terapia Intensiva Neonatal e pediátrica, Estratégia de Saúde da Família e Atenção Básica, Avaliação da Produção do Cuidado, Políticas Públicas de Saúde.

Publicado

2022-05-07

Como Citar

1.
Procópio LCR, Seixas CT, Avelar RS, Silva KL, de Moraes dos Santos ML. A Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde: desafios e potencialidades. Saúde debate [Internet]. 7º de maio de 2022 [citado 28º de março de 2024];43(121 abr-jun):592-604. Disponível em: https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/1177